Livro:Aos Dezessete Anos
Autora:Ava Dellaira
Páginas:448
Editora:Seguinte
Tradução:Lígia Azevedo
Sinopse
Quando tinha dezessete anos, Marilyn viveu um amor intenso, mas acabou seguindo seu próprio caminho e criando uma filha sozinha. Angie, por sua vez, é mestiça e sempre quis saber mais sobre a família do pai e sua ascendência negra, mas tudo o que sua mãe contou foi que ele morreu num acidente de carro antes de ela nascer.
Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.
Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.
Oi gente!Como vocês estão?Vamos seguir com as resenhas porque tem muita coisa bacana pra comentarmos.
O livro que resolvi trazer aqui hoje é o lançamento de uma autora que gosto muito:Aos Dezessete Anos,da autora Ava Dellaira,publicado no Brasil pela editora Seguinte.
Pra quem não está lembrando da autora,ela é a mesma que escreveu o livro Cartas de Amor Aos Mortos,um livro que amei demais!
Vamos conhecer a história de Marilyn e Angie,mãe e filha que vão contar um pouco de si para os leitores,com um fato em comum entre as duas:os dezessete anos.
Angie é uma jovem que leva um vida comum,com problemas comuns da idade,questionamentos,escola,faculdade,ex namorado.Só que algo a mais vai deixá-la um pouco mais perturbada:uma fotografia da sua mãe aos dezessete anos,com um rapaz negro e que de cara ela soube que era seu pai.Olhando pra foto,ela se pergunta:será que ele de fato morreu ou a história que a mãe contou todos esses anos é uma mentira?
"Quando comecei a tirar minhas fotos,era como se estivesse recuperando pedacinhos de mim."
Eu fiquei admirado quando li Cartas de Amor Aos Mortos e fui apresentado a uma escrita tão densa,mas ao mesmo tempo tão próxima do leitor como é a escrita da Ava Dellaira.Por isso estava louco de curiosidade pra ler mais livros dela e fiquei super feliz quando soube do lançamento de Aos Dezessete Anos por aqui.
Diferente do primeiro livro que tem um tema um pouco mais sombrio,nesse novo livro temos uma história de descobertas,passado e presente que se misturam na vida de mãe e filha,revelando segredos e conflitos familiares.
Mais que isso:é uma história repleta de mensagens e reflexões sobre a vida.Angie é uma jovem negra que vive ouvindo que não se parece em nada com a mãe,muitas vezes ouvindo que nem é filha dela (claro preconceito,infelizmente).
"Ainda assim.O que a mente permite abandonar com o tempo,o corpo não esquece."
Ela precisa a lidar com essas pequenas coisas do dia a dia e as coisas começam a ficar mais complicadas quando ela descobre vestígios sobre seu pai e seu passado.
A forma como a autora conseguiu trabalhar passado e presente dentro da história foi muito fluida e esclarecedora.Normalmente quando temos livros assim,os flashbacks do passado costumam ser muito massantes,mas aqui foi completamente diferente.Fiquei muito envolvido pelas duas passagens de tempo,querendo saber mais do que ia acontecer e o que eu iria descobrir.
Aos poucos vamos nos envolvendo com a história de Angie e vemos o quanto ela sofre por não saber nada sobre o pai,sobre si mesma.Com esse desconhecimento sobre essa parte de si mesma ela acaba tomando atitudes que particularmente eu não concordo,mas vendo a situação de uma maneira geral é possível entender o porquê ela toma certas atitudes.
Quem aparece na história é seu ex namorado Sam,que vai ajudá-la nessa busca por respostas e mostra que é um grande amigo,preocupado com ela,com a situação,buscando ajudá-la na medida do possível nessa jornada.Essa relação entre eles é um tanto quanto diferente,mas gostei bastante,afinal quem disse que ex não podem ser amigos?
"Ela não sabe se é verdade,ainda não,nem sabe se entende o que é o amor - mas não importa.Marilyn sabe que pode amá-lo.Tem certeza de que vai."
A relação entre Angie e a mãe é mais complexa.Ela sabe que a mãe esconde segredos,mas não entende o motivo.Marilyn precisa contar sua história e nos conta e aí vamos entendendo algumas coisas,começando a juntar algumas peças e junto com a nossa protagonista passamos a saber de algumas questões extremamente pessoais.
Marilyn não é má pessoa,mas é alguém que sofreu muito na vida,então tentem não julgá-la tão severamente.
Os capítulos são alternados entre o presente de Angie e o passado de Marilyn e vão atuar praticamente em conjunto,uma história complementando a outra e esse foi um ponto que amei demais,sem falar nas relações familiares que a autora aborda.Tem muito mais coisa escondida na vida de mãe e filha do que pensamos e são esses segredos que vão nos surpreendendo e nos envolvendo em um drama que vai nos fazer refletir e nos fazer ter um poderoso exercício de empatia.
A autora também utiliza de vários momentos para criticar diversas formas de preconceito,às vezes de forma mais sutil e em outras de forma mais escancarada.
"Talvez seja verdade que não existam finais felizes.Mas,agora,Angie fica grata de estar no que parece ser um começo."
Por fim,esse foi um livro que pra mim funcionou como exercício de empatia,mexeu muito com meu senso de justiça e fome pela verdade.
Meu livro preferido da autora continua sendo Cartas de Amor Aos Mortos,mas Aos Dezessete Anos reafirmou minha paixão pela escrita de Ava Dellaira.
Espero que mais livros dela sejam publicados por aqui!
Então gente,gostaram da resenha de hoje?Espero que sim.Fiquei super feliz pela autora ter trazido uma história tão legal para os leitores,com protagonistas que não perfeitos,que poderiam muito bem ser alguém que conhecemos.Esse choque de realidade chama a atenção.
Bom pessoal por hoje então é só,me contem o que acharam,se já leram,se querem ler,se já leram algum livro da autora.....
Nos vemos na próxima postagem!
Grande abraço!
Diferente do primeiro livro que tem um tema um pouco mais sombrio,nesse novo livro temos uma história de descobertas,passado e presente que se misturam na vida de mãe e filha,revelando segredos e conflitos familiares.
Mais que isso:é uma história repleta de mensagens e reflexões sobre a vida.Angie é uma jovem negra que vive ouvindo que não se parece em nada com a mãe,muitas vezes ouvindo que nem é filha dela (claro preconceito,infelizmente).
"Ainda assim.O que a mente permite abandonar com o tempo,o corpo não esquece."
Ela precisa a lidar com essas pequenas coisas do dia a dia e as coisas começam a ficar mais complicadas quando ela descobre vestígios sobre seu pai e seu passado.
A forma como a autora conseguiu trabalhar passado e presente dentro da história foi muito fluida e esclarecedora.Normalmente quando temos livros assim,os flashbacks do passado costumam ser muito massantes,mas aqui foi completamente diferente.Fiquei muito envolvido pelas duas passagens de tempo,querendo saber mais do que ia acontecer e o que eu iria descobrir.
Aos poucos vamos nos envolvendo com a história de Angie e vemos o quanto ela sofre por não saber nada sobre o pai,sobre si mesma.Com esse desconhecimento sobre essa parte de si mesma ela acaba tomando atitudes que particularmente eu não concordo,mas vendo a situação de uma maneira geral é possível entender o porquê ela toma certas atitudes.
Quem aparece na história é seu ex namorado Sam,que vai ajudá-la nessa busca por respostas e mostra que é um grande amigo,preocupado com ela,com a situação,buscando ajudá-la na medida do possível nessa jornada.Essa relação entre eles é um tanto quanto diferente,mas gostei bastante,afinal quem disse que ex não podem ser amigos?
"Ela não sabe se é verdade,ainda não,nem sabe se entende o que é o amor - mas não importa.Marilyn sabe que pode amá-lo.Tem certeza de que vai."
A relação entre Angie e a mãe é mais complexa.Ela sabe que a mãe esconde segredos,mas não entende o motivo.Marilyn precisa contar sua história e nos conta e aí vamos entendendo algumas coisas,começando a juntar algumas peças e junto com a nossa protagonista passamos a saber de algumas questões extremamente pessoais.
Marilyn não é má pessoa,mas é alguém que sofreu muito na vida,então tentem não julgá-la tão severamente.
Os capítulos são alternados entre o presente de Angie e o passado de Marilyn e vão atuar praticamente em conjunto,uma história complementando a outra e esse foi um ponto que amei demais,sem falar nas relações familiares que a autora aborda.Tem muito mais coisa escondida na vida de mãe e filha do que pensamos e são esses segredos que vão nos surpreendendo e nos envolvendo em um drama que vai nos fazer refletir e nos fazer ter um poderoso exercício de empatia.
A autora também utiliza de vários momentos para criticar diversas formas de preconceito,às vezes de forma mais sutil e em outras de forma mais escancarada.
"Talvez seja verdade que não existam finais felizes.Mas,agora,Angie fica grata de estar no que parece ser um começo."
Por fim,esse foi um livro que pra mim funcionou como exercício de empatia,mexeu muito com meu senso de justiça e fome pela verdade.
Meu livro preferido da autora continua sendo Cartas de Amor Aos Mortos,mas Aos Dezessete Anos reafirmou minha paixão pela escrita de Ava Dellaira.
Espero que mais livros dela sejam publicados por aqui!
Então gente,gostaram da resenha de hoje?Espero que sim.Fiquei super feliz pela autora ter trazido uma história tão legal para os leitores,com protagonistas que não perfeitos,que poderiam muito bem ser alguém que conhecemos.Esse choque de realidade chama a atenção.
Bom pessoal por hoje então é só,me contem o que acharam,se já leram,se querem ler,se já leram algum livro da autora.....
Nos vemos na próxima postagem!
Grande abraço!
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