Resenha:Ponti

Livro:Ponti

Autora:Sharlene Teo

Páginas:274

Editora:Intrínseca

Tradução:

Sinopse

Na Cingapura da década de 1970, a estonteante Amisa é a estrela de um filme B que jamais estourou, mas acabou se tornando um ícone cult do cinema de terror. Descoberta por um tradutor e escalada para interpretar a "pontianak" - uma criatura canibal da mitologia malaia, uma jovem com deformidades que vende sua alma em troca de ser novamente bela -, esse foi seu grande e único papel.
Amisa é, de fato, linda. Décadas se passaram e ela ainda recebe cartas e presentes de fãs. Isso é um fardo que pesa nas costas de Szu, a filha adolescente, eternamente inadequada à sombra da figura mítica e controladora da ex-atriz. Szu vive uma vida sufocada não só pela umidade quente da cidade, mas também pela mãe, pela casa despedaçada onde moram com a tia, pela falta de perspectivas, pela ansiedade e pelo tédio da escola. Uma existência tóxica e desoladora que ganha fôlego na improvável amizade que surge entre ela e Circe - a garota privilegiada e sarcástica que invade o universo claustrofóbico de Szu e muda tudo.

Longe de replicar o esteriótipo da típica dupla de amigas do high-school que tanto estamos acostumados a consumir - a tímida e descolada que vira par da livre e desinibida e toma um porre da sangria na festa da turma -, Szu e Circe se complementam e se repelem, ao mesmo tempo fortes e vulneráveis.
Como a maioria da parcerias de juventude na vida real, a delas também se desfaz. No futuro, sem nunca mais terem tido contato, Circe voltará às lembranças daquela amizade e à culpa que pesa em sua consciência.

Fala galerinha!Como vocês estão?Espero que super bem.Vamos voltar com as resenhas?Dessa vez vamos conversar sobre Ponti,livro de Abril do Intrínsecos,da autora Sharlene Teo.

Confesso que fiquei muito curioso quando chegou aqui em casa e logo peguei pra ler.

Amisa foi uma grande estrela de um filme de terror B que acabou não fazendo tanto sucesso assim.Mesmo assim,o filme se tornou um clássico dos filmes de terror.

Anos se passam e agora Amisa tem uma filha.Szu é obrigada a conviver com o passado da mãe,sempre vivendo a margem da história de Amisa.

Como consequência,Szu tem uma vida tremendamente controlada pela mãe,beirando ao nível de ser sufocante em muitos aspectos.

O que torna sua vida mais fácil é a amizade que ela faz na escola com Circe,uma menina que é completamente o oposto de Szu,mas que na amizade acabam se completando e se afastando na mesma proporção.

Anos mais tarde,Circe também se vê atormentada pela culpa e também vai nos contar a sua história.

Como será que a vida desses três personagens podem se entrelaçar e definir o rumo de suas vidas?

A sinopse desse livro me deixou muito intrigado.Esperava uma história repleta de segredos e vidas que se entrelaçam em busca de redenção ou algo do gênero,mas acabei me decepcionando em muitos aspectos com o que encontrei nesse livro.

Vamos começar falando das personagens.Temos Circe,Amisa e Szu em várias etapas de suas vidas.A grande questão é que esse entrelace de vida entre as três não foi bem costurado.A impressão que ficou pra mim é que são 3 personagens contando suas próprias histórias,às suas maneiras e sempre puxando a vantagem e culpa para o seu lado da história.

Com isso,acabei por não conseguir ter conexão com nenhuma delas,nem com suas histórias,o que foi bem ruim,já que elas tinham potencial para nos contar muito mais.

Faltou esse trabalho de conexão com a história das três de uma forma mais coerente e precisa e principalmente com mais emoção e empatia.

Em determinado momento,a narrativa vai ficando extremamente cansativa,porque a história simplesmente não caminha para lugar algum.Quando a história ia se encaminhando pro final,fiquei pensando:como a autora vai finalizar isso pra salvar a trama?E ela simplesmente joga o final na cara do leitor e a gente fica se perguntando:é só isso?

Cadê o restante?

A proposta do livro é muito boa mesmo,mas trabalhar histórias paralelas e fazer com que elas se encontrem e façam sentido no final não é tarefa fácil.Com frequência vemos tramas que se perdem no meio do caminho,o que foi o caso aqui.

Sem falar que a linha temporal também não foi a escolha mais acertada,deixando as coisas mais confusas do que já estavam.

O que ficou de positivo na leitura foi a forma como a autora trabalhou os aspectos da cultura de Cingapura,com menções principalmente a parte religiosa que é bastante presente no livro,a geografia local e a culinária também.Isso foi legal pra nos ambientar dentro do cenário,afinal não é comum vermos uma história se passando em Cingapura e nem temos normalmente muitas informações do local.Nesse aspecto a autora conseguiu nos ambientar bem demais nos cenários e costumes locais.

Para finalizar,ficou a sensação de frustração.Faltou desenvolvimento,faltou condução e objetivos dentro da trama.

Uma pena,porque tinha um potencial enorme pra ser uma grande história.Li algumas opiniões e resenhas também e pelo visto a decepção pra muitas pessoas foi grande.

Mas enfim,faz parte da nossa vida de leitor.

Então pessoal,curtiram a resenha de hoje?Infelizmente não foi uma leitura que gostei,mas é o que sempre falo:não funcionou pra mim,mas de repente pode funcionar para algum de vocês.

Como falei,esse foi o livro do Intrínsecos de Abril e chega nas livrarias agora no mês de Junho para que tiver o interesse de adquirir.

Foi uma primeira experiência decepcionante com um livro do Intrínsecos,mas continuo com a assinatura,inclusive quando chegar a 6 meses de assinatura vou fazer uma postagem falando sobre minhas experiências com o clube de assinatura da Intrínseca.

Galerinha por hoje então é só,espero demais que tenham curtido.

Me contem o que acharam e se pretendem adquirir o livro :D

Até a próxima postagem!

Grande abraço!