quarta-feira, 4 de julho de 2018

Resenha:A Guerra Que Me Ensinou A Viver


Livro:A Guerra Que Me Ensinou A Viver
Autora:Kimberly Brubaker Bradley
Páginas:280
Editora:Darkside
Tradução:Mariana Serpa


Sinopse

Após uma infância de maus-tratos, Ada finalmente recebe o cuidado que merece ao ter seu pé operado. Enquanto tenta se ajustar à sua nova realidade e superar os traumas do passado, ela se muda com Jamie, lady Thorton e Susan — agora sua guardiã legal — para um chalé em busca de um recomeço. Com a guerra se intensificando lá fora, as adversidades batem à porta: o racionamento de alimentos é uma preocupante realidade, e os sacrifícios que todos devem fazer em nome do confronto partem corações e deixam cicatrizes. Outra questão é a chegada de Ruth, uma garota judia e alemã, que gera uma comoção no chalé. Seria ela uma espiã disfarçada? Ou uma aliada em meio à calamidade? Mais uma vez, Kimberly Brubaker Bradley conquista com sua narrativa carregada de sensibilidade. Seu registro historicamente preciso revela o conflito armado pela perspectiva de uma criança, além de lançar luz sobre a atual crise de refugiados, a maior desde a guerra de Hitler, que já obrigou milhões de pessoas a deixarem seus lares em busca de paz. Discutindo assuntos delicados com ternura, a autora guia o leitor por uma jornada que mostra a beleza dos pequenos gestos. E, ao revelar as camadas de seus personagens, apresenta uma história sobre amadurecimento e aceitação — principalmente para Ada, que precisa aprender a acreditar. Acreditar em sua família e em si mesma. Na resiliência que vem da dor. Na superação que vem do medo. Na empatia, que reacende a humanidade. E no amor, é claro. Em sua forma mais pura e sincera. A Guerra Que Salvou a Minha Vida foi vencedor de diversos prêmios e adotado em escolas nos Estados Unidos. Agora, A Guerra Que Me Ensinou a Viver chega em uma edição capa dura e cheia de amor, como deve ser. A linha DarkLove ganhou mais um título que deixa marcado na memória que algumas heroínas salvam leitores pelo coração. Corajosa, justa e inteligente, Ada é realmente invencível.


Oi gente!Tudo certinho com vocês?Vamos falar hoje sobre um livro que é uma lição de vida a cada página lida:A Guerra Que Me Ensinou A Viver,da autora Kimberly Bradley,publicado pela editora Darkside.

Vamos ter aqui a continuação da história da Ada após os acontecimentos do livro A Guerra Que Salvou A Minha Vida,uma das minhas melhores leituras do ano passado.
Pode ser que seja uma resenha com alguns spoilers,mas vou tentar minimizar ao máximo isso.

Após a casa de Susan ser destruída,Ada e Jamie,seu irmão,procuram uma maneira de recomeçar.Susan resolve adotá-los e imediatamente torna como algo emergencial a operação do pé da Ada.
Lady Thorton irá ajudar também,cedendo o chalé da propriedade dela para que Susan e as crianças tenham onde morar.
Ainda é uma época de guerra,com muitos problemas de comunicação e racionamento e isso se reflete nas atitudes de todos.
Por conta do destino,Lady Thorton vai precisar morar no chalé junto com Ada,Jamie e Susan e ambos vão precisar passar pelos tormentos que a guerra traz,fazer sacrifícios,ultrapassar barreiras e abrir mão de algumas coisas
Nem sempre é fácil,mas é necessário.
E isso vai causar grandes mudanças..
Como será que eles vão lidar com tudo isso?


"Talvez todos nos tornemos versões melhores de nós mesmos depois da morte.Talvez todos alcancemos o céu,no fim das contas."


Sabem quando uma história conversa com você a ponto dos personagens se tornarem seus amigos?Esse é o meu caso com esse livro e principalmente com a Ada.
Aquela menina insegura e teimosa do primeiro livro ainda está ali,mas muitas barreiras pessoais foram quebradas.O relacionamento dela com a Susan ainda está em construção,com a nossa protagonista tendo muitas dúvidas e desconfianças.Sei que muitas pessoas acharam a Ada um personagem chato,mas ela está em um período de aprendizagem.A infância dela não foi e não está sendo fácil.Não está acostumada com amor ou com pessoas querendo ajudar,então aprender isso com Susan,aprender a confiar e se abrir está sendo bem complicado pra ela.


"Tenho tanto a aprender."murmurei.
"Todos temos",disse Susan."A gente nunca deixa de aprender."


Ela não é um personagem perfeito,pelo contrário e isso vai deixando a missão de a acompanharmos ainda mais emocionante.
E esse processo de crescermos dentro da história junto com ela é incrivelmente leve,tocante e cruel em muitos aspectos.Ver tudo o que ela passou é brutal,mas ver o desenvolvimento dela pouco a pouco é muito íntimo.
Nesse livro ela vai precisar aprender a confiar,mas confiar não só na Susan,mas em si mesma e nas pessoas que querem se aproximar.A autora retratou esse conflito interno de uma forma bem delicada,dando um ar de inocência real e verdadeiro aos diálogos da Ada.Ela fala as verdades com uma simplicidade que ficamos pensando como não chegamos aos mesmos questionamentos.


"O que você faz para se sentir melhor?",perguntei.
"Nada.Ficamos infelizes."Ela respirou fundo."É melhor ficar infeliz junto que separado.Eu acho."


Outra questão que vai ser abordada com a inclusão de um novo personagem é o preconceito.Ruth é uma garota alemã e judia que vai precisar passar um tempo no chalé com todos,o que causa uma certa revolta por parte de Lady Thorton e essa revolta Ada não consegue entender.
Aos poucos vamos vendo como o amor,a ternura e as dificuldades vão transformando a vida de todos os envolvidos no chalé e da própria Ruth.
Gostei também que vamos conhecer um pouco mais sobre o passado de Susan e também sobre a vida de Lady Thorton que aparece pouco no primeiro livro,mas aqui acaba tendo um grande destaque.


"É possível saber um monte de coisas e um dia,enfim,acreditar em todas elas."


Pra quem leu o primeiro livro deve se lembrar do Manteiga,cavalo inseparável da nossa protagonista e mais uma vez ele fará participações importantes e é a válvula de escapa da Ada,a forma dela se sentir livre.A relação dos dois é muti bonita e desenvolvida de forma instantânea.Amor é dizer muito pouco da relação dos dois.E esse sentimento puro e sensibilidade com os animais é só um pouco do que nossa protagonista vai nos ensinar.Só que a verdadeira guerra Ada está travando dentro de si e ver o quanto ela enfrenta isso no dia a dia em busca de se abrir para o mundo nos deixa com aquela vontade de derramar uma lágrima ou outra.
Não esperem um livro com muitas reviravoltas ou muita ação porque não é essa a proposta.Estejam prontos para encarar uma viagem de descobertas e aprendizados,de adaptação.
Leitura mais do que recomendada.Espero que a autora nos traga um terceiro livro para fechar todos os pontos com chave de ouro


E aí gente,gostaram da resenha de hoje?Super espero que sim.Virei fã da escrita da Kimberly,como ela consegue ter uma sensibilidade tão grande para construir uma história que nos toca e nos ensina tanto.Amei demais!
Pessoal então é isso,espero que tenham curtido.Não esqueçam de comentar o que acharam,se já leram,se querem ler..
Vou indo nessa gente,nos vemos na próxima postagem!
Grande abraço!

1 comentários:

Luli Ap. disse...

Estou curiosa com essa sequência e fiquei com mais vontade ainda de ler depois da sua resenha!
Bjs Luli

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